quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os Piores Caronas e012

Webserie ótima que o pessoal tá fazendo! Humor rápido e eficaz!
Vejam!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mangiare


Continuando as peças do IV Palco Giratório, vi Mangiare no sábado. Uma peça gostosa em vários sentidos. Mangiare é uma peça janta, com um humor de fácil digestão e pratos saborosos num clima de cantina. Música boa, companhia boa, comida boa, não tem como não sair contente do espetáculo. Até o vinho que era mais ou menos ficou bom com as risadas e o nhoque de inhame que melhor que o gosto só tinha o aroma. As piadas são inteligentíssimas? Nâo, mas tb não acho que era a intensão do grupo mesmo. Fiquei só com uma dúvida... O que é brigadeiro de uva?

E um porém, eu e uma amiga tinhamos um churrasco pra ir após a peça!

sábado, 9 de maio de 2009

E não é só isso...



Mas tá pensando que só de assistir vivo eu no Palco??? Não!!! Hoje fiz minha primeira peça de rua. Fui uma das noivas, uma das Dulcinéias de Quixote em "Das saborosas aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança" do Grupo Teatro que Roda, de Goiás.
Não posso falar da peça, que ao participar, não assisti. Quem viu entende essa colocação. Só poss dizer que foi uma suuuuuper experiência! Grupo querido e com uma super garra, produção show. Foi uma invasão da fantasia no centro, com direito a algumas Dulcinéias (eu uma) em cima da pá de uma retroescavadeira que representava o dragão. Tudo!

Um pouco do palco giratório


É interessante como boa arte dá vontade de escrever. E ao mesmo tempo não. Principalmente quando as opiniões ainda estão na parte não racional de meu ser. Tenho visto só peças agradáveis, pra dizer o mínimo, neste IV Palco. "O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado", direção de Rogério Tarif, que mistura a história de Dom Quixote tendo a cidade de São Paulo como Dulcinéia e introduz Sâo Jorge com uma facilidade incrível foi encantador.

"Ele Precisa Começar", com direção de Alex Cassal e Felipe Rocha, foi uma grata surpresa para essa minha mente e gosto ainda tão rígido e retrógado, como diria Daniel Colin. Aliás, o que essas últimas semanas tem me mostrado é que não sou mais tão retrógrada assim. O Felipe é um ator empolgante e faz aquela não história ter quase sentido. Me fez viajar diversas vezes e sair sorrindo de uma peça nada convencional, o que é um feito.



E Hysteria... o que dizer de Hysteria??? Agradeço ao Dani (sim o mesmo Colin) e ao Ricardo Zigomático por serem tão enfáticos quanto a qualidade dessa peça quase me obrigando a comprar o ingresso. Numa peça só, todas emoções. Simplesmente engrandecedor. Vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=kLESwG_dW1A

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mestre Britto

O IV Palco Giratório Sesc não começou bem, começou maravilhosamente ótimo. Não tenho a pretenção aqui de fazer uma crítica teatral de "A última gravação de Krapp", que vi nesse domingo porque não tenho nem formação nem vocação para isso. Apenas direi o prazer que foi ver essa monólogo de Beckett encenada por Sérgio Britto, sendo que não havia visto nenhum dos dois e eu ainda processava tudo quando ele perguntou sobre nossas sensações.


Ela é peça com
um ritmo mais lento que as pessas atuais, o que foi (surpreendentemente) um alívio pra minha cabeça, depois que ela conseguiu se concentrar nesse ritmo. No ato Krapp, há a delícia do humor negro, sarcástico que amo, mas o que me capturou de verdade foi o segundo ato.

Eu nunca, nos meus poucos anos de vida, me conectei tanto com um personagem. Não exatamente um personagem, mas um momento. Dentro da cena do deserto, com a peça prestes a terminar, Krapp (era ainda Krapp? era seu alter ego? era o retrato d ser humano?) desiste. E parado, apenas olhando para o horizonte, Mestre Britto passa a maior quantidade de sentimento que já vi alguém passar pelos olhos. Uma angústia desesperada é o mais perto que posso chegar de uma definição.

E essa força me transporta. Não vejo mais as cabeças na minha frente no teatro. Não vejo mais nada. E o homem se aproxima, ou eu me aproximo dele. Me vejo frente a frente com aquela figura. Meu coração fisicamente dói. Não choro. Só olho para os olhos dele e vejo ele se iluminar mais que o palco. Minha alma lembra. Por um momento somos quase um. As luzes se apagam.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Povo satânico

Baratas. Se os homens foram criados à imagem e semelhança de Deus, as baratas foram, com certeza, criadas à imagem e semelhança do Senhor das Trevas. Animaizinhos asquerosos que sobreviveram às mais terríveis catástrofes. E mesmo assim, morrem com apenas uma simples chinelada. Será? Elas já foram donas do mundo e me parecem estar planejando retomar seu poder. Na Era Pré-cambriana, na qual o domínio era delas e não dos dinossauros, como muitos pensam, as diabinhas eram gigantescas, voavam livremente com suas imensas asas imundas. Com as tragédias, foram inteligentemente diminuindo seu tamanho para aumentar seu exército. Felizmente, conseguimos achar algumas maneiras de matá-las, afastá-las. Mas, assim como Deus não exterminou Lúcifer, não conseguimos exterminá-las. Pude perceber, durante essas últimas décadas, o quanto elas se adaptaram ao nosso mundo e as nossas armas letais.

Durante a minha infância, nos anos 80, nossas nojentas inimigas tinham entre quatro e cinco centímetros de comprimento na sua maioria. Pareciam ter um certo receio de invadir nossas casas, pois faleciam ao suave golpe de uma chinelada infantil. Época do Flit. Sem aviso prévio sobre essa invenção divina, as baratas morriam ao ouvir a palavra veneno. Voar em nossa frente? Nem pensar. E para fazê-las sofrer, era apenas necessário deixá-las viradas com as patas para cima, agonizando por não conseguirem se virar. Ah, bons tempos esses! Diversão para os infantes destemidos. As mulheres, que antes eram apavoradas, agora pulverizavam-nas com sangue frio. E as que ainda tinham medo, pediam para o homem da casa matá-las, como nos tempos de outrora. Ainda era fácil ser herói.

Porém, foi nessa época que elas decidiram recomeçar seu crescimento e evolução. O tempo passou, o lixo aumentou, a década mudou, e as baratas se desenvolveram. Já era preciso pisar mais forte nelas. A idade mínima para matança ficou ao redor dos 11 anos. Sua média de comprimento também aumentou até entre cinco e seis centímetros. Ficaram muito salientes essas baratas dos anos 90. Sabiam se esconder e invadiam nossas casas sem o menor pudor. Seu exército malacafento começou a ficar imune aos venenos. Criamos outros venenos mais fortes e mais potentes, e até isso estava no plano odioso delas. Algumas morriam, mas a sua maioria usou o nosso veneno para desenvolver ainda mais defesas. O medo feminino voltou a crescer. E, ao perceber isso, as nefastas arriscavam até alguns vôos em nossa frente. Todos nós, simplórios seres humanos, percebemos essa mudança. Mas preferimos não tocar no assunto. Afinal de contas, bichos que não se volvem sozinhos não podem ser perigosos.

Agora, novo milênio, as mesmas inimigas. Mais fortes, mais poderosas. E em parte graças a nós mesmos. O seu tamanho aumentou novamente. Está entre seis e sete centímetros em média. Para nós, verdadeiros monstros. Mas o tamanho é o menor dos problemas que temos com as baratas new millenium. Estão tão evoluídas que é preciso gastar quase meio tubo de inseticida para matar apenas uma delas. Quem sabe com somente uma simples chinelada? Não é mais simples, nem mais somente uma. Para se tornar herói hoje em dia, é necessário preparo físico e agilidade, pois é preciso correr atrás delas, atacando com diversas chineladas. No mínimo três para os fortes e cinco para os fracos. Como estão mais rápidas, só se dão ao trabalho de se esconder quando nós, pobres humanos, as perseguimos com nossa arma na mão. E se, por algum milagre, conseguimos pisar em alguma, temos que esmagá-las com vontade para não causar apenas uma leve dor de cabeça na new millenium. Os monstros diabólicos não se envergonham mais de voar aos olhos divinos. E o pior de tudo! Elas estão conseguindo voltar às patas sozinhas agora! Descobri isso numa das minhas caçadas. Em um dos meus ataques acabei virando-a, como uma figurinha em jogo de bafo. Ingenuamente quis poupá-la da morte e saí do quarto a procura de algo que protegesse minha mão, pois não tocaria nesse ser escroto nem mesmo para jogá-lo fora. Quando voltei para arena, a safada tinha se virado e fugido. Quase não pude acreditar.

Mas essa é a mais pura e cruel verdade. Essas são nossas verdadeiras oponentes. Guerras nucleares matam milhares de pessoas e as fortalecem. Agrotóxicos nos fazem mal e as fortalecem. O nosso consumismo só faz alimentá-las. Tudo que é maléfico faz bem para elas. Essa é a maior prova de sua origem satânica. Começo a pensar que o mundo já voltou as antenas delas há muito tempo. Os governantes e os donos de grandes empresas parecem marionetes agindo em prol desse repugnante esquadrão oponente e contra os de sua própria espécie. E nós estamos sendo levados a lutar contra nós mesmos. As demoníacas estão vencendo. Se todos os povos não se unirem e se tornarem um grande batalhão de chinelões, o povo sórdido irá triunfar. Não haverá heróis em condições de enfrentá-lo. Ele vai tomar conta de todo nosso espaço e nos extinguir. É isso que diz a profecia. Esse é o verdadeiro apocalipse.

terça-feira, 14 de abril de 2009

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- Isso não dá pra perdoar!
- Porque? Qual a diferença?
- A diferença é que tu ficou com... com um cara sem o centroavante!!
- Centroavante?
- Tu sabe, o dente da frente.
- Ah é, mas tu vai jogar nossa amizade fora por isso?
- Tu é que jogou! Sou uma pessoa que preza a educação, a cultura, o meio ambiente. Não tenho grandes preconceitos. Acho loiros, morenos, negros, amarelos lindos ou não, não é isso que define. Mas o que tu fez não é só uma extravagância! É um traço de personalidade! Tu é uma guria que beija caras sem o centroavante!!
- Caras, caras... foi um só e tu sabe disso. E ele era lindo, inteligente, charmoso, não ia dispensar por essa peculiaridade.
- Peculiaridade? É questão de higiene! Eu não posso nem olhar pra ti. Que nível de desespero, de insatisfação faz alguém fazer o que tu fez?
- Já disse que não é nada disso. É criação da tua cabeça. Não estou desesperada. Só gostei dele. Admito que havia um grande contraste entre a boca e a aparência geral dele. Mas depois do primeiro estranhamento acostuma-se.
- Tu! Tu te acostuma! Adeus. Não posso ser amiga de alguém que acha higiene bucal uma peculiaridade. Não me procura mais!
(CLIC)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Prazer e exaustão


Vi a Farra de Teatro pela primeira e única vez há alguns anos. Não lembro se 2005 ou 6. Só lembro de dois pensamentos:
As pessoas devem estar se divertindo muito fazendo isso.
Eu não teria coragem de fazê-lo.
Fiquei sabendo de outras, mas nunca mais me aproximei do evento. Das apresentações em praça pública, Assalto Teatral encarei, Farra era demais.

Pois que chega 2000inove e com ele uma nova Farra. Só que nessa eu entrei de cabeça. Desde 2008 resolvi quebrar paradigmas e enfrentar certos medos. Agarrei pelo menos 70% das chances para fazer isso. 2000inove quero mais. E a Farra era o lugar perfeito para exorcizar pudores e travas q só podem me atrapalhar na profissão que meu coração escolheu e minha mente deixou de lutar contra finalmente. Atuar.

Atuar é agir. E foi isso que fiz quando precisáva-se de uma negra para a cena que mais me fazia querer desistir da Farra. Ela homenageia uma africana que foi condenada a morrer a pedradas em praça pública. Seu crime? Seu marido havia sumido na guerra, e como mulheres não podiam trabalhar e ela tinha filhos para criar, a africana casou novamente. Taxada de adúltera, deveria morrer. Na Farra, a pessoa que faz a africana é perseguida, humilhada, tem toda roupa rasgada e recebe pedradas fictícias até não aguentar mais e esmorrecer.

Uma pessoa, dentre as que jogou pedras, se condói, vai até ela, tira a roupa e a levanta. Aos poucos, quase todos fazem o mesmo, dando um vigor e uma emoção solidária incrível pra cena. Meu lado atriz ama essa cena. Meu lado vaidoso, fútil e com certo pudor não acha nada bom. Pensei com meus botões: Se eu não for a agredida, existe 90% de chance de eu ser uma das pessoas de cabeça baixa que lutam consigo mesma porque não conseguem fazer aquele ato. Então fui a agredida. E foi a melhor escolha que fiz.

A agonia é incrível. O ódio emanado a ti é horrível, mas o amor posterior é mais forte. É um misto de emoções que certamente me será útil um dia e que eu nunca viveria nessa minha vidinha medíocre. Lindo. E isso é apenas uma das cenas. Cada uma me tocou de um jeito, às vezes difícil de se recuperar. Mas dá-lhe brasileirinho e a gente volta.

Três horas e meia correndo, sentindo, vivendo, agindo. Fora os ensaios. Meu corpo tá acabado. Meu coração revigorado. E no fim de tudo, vamos para I Parada do Teatro que a festa continua por mais duas horas e meia. Viva o Dorflex!


sábado, 7 de fevereiro de 2009

5brand

Site internacional no qual a gente se define em 5 marcas. As minhas, escolhidas de sopetão são

tá lá: http://5brand.tumblr.com/post/76118154/cl-udia-rocha-actress-brazil