quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Youkali - a terra dos sonhos

Essa é a letra da versão francesa (e única que conheço) do tango que permeia o início de The Saga of Jenny, fala dessa terra imaginária onde todos os sonhos se tornam verdade.

Youkali
(Kurt Weil)

C'est presqu'au bout du monde,
Perto do fim do mundo,
Ma barque vagabonde,
Meu barco vagabundo,

Errant au gré du l'onde,
Vagando com as ondas,

M'y conduisit un jour.
Me conduziu um dia

L'île est toute petite,
A ilha é pequenina,

Mais la fée qui l'habite,
Mas a fada que lá habita,

Gentiment nous invite
Gentilmente convida

A en faire le tour.
A fazer um passeio.


Youkali,
C'est le pays de nos désirs,
É o país de nossos desejos,

Youkali,
C'est le bonheur, C'est le plaisir.
É a felicidade,
é o prazer.
Youkali,
C'est la terre où l'on quitte tous les soucis,
É a terra onde acabam as preocupações.

C'est dans notre nuit,
É na nossa noite,

Comme une éclaircie,
Como uma clareira,

L'étoile qu'on suit,
A estrela que seguimos,

C'est Youkali!
É Youkali!


Youkali,
C'est le respect de tous les voeux échangés,
É o respeito de todos votos trocados.

Youkali,
C'est le pays des beaux amours partagés,
É o país de belos amores compartilhados

C'est l'espérance
É a esperança

Qui est au coeur de tous les humains,
Que está no coração de todos
humanos
La délivrance
A libertação

Que nous attendons tous pour demain,
Que estamos todos
esperando para amanhã,

Youkali,
C'est le pays de nos désirs,
É o país de nossos desejos,

Youkali,
C'est le bonheur, C'est le plaisir.
É a felicidade,
é o prazer.

Mais c'est un rêve, une folie,
Mas é um sonho. uma loucura

Il n'y a pas de Youkali!
Não existe Youkali!
Mais c'est un rêve, une folie,
Mas é um sonho. uma loucura

Il n'y a pas de Youkali!
Não existe Youkali!


Et la vie nous entrâine,
E a vida nos leva,

Lassante, quotidiene,
Tediosa, cotidiana

Mais la pauvre âme humaine,
Mas a pobre alma humana,

Cherchant partout l'oubli,
Procura esquecer,

A pour quitter la terre,
A deixar a terra,

Su trouver le mystère
Descobre o mistério

Où nos rêves se terrent
Que nossos sonhos se escondem

En quelque Youkali...
Em qualquer Youkali...


Youkali,
C'est le pays de nos désirs,
É o país de nossos desejos,

Youkali,
C'est le bonheur, C'est le plaisir.
É a felicidade,
é o prazer.

Mais c'est un rêve, une folie,
Mas é um sonho. uma loucura

Il n'y a pas de Youkali!
Não existe Youkali!
Mais c'est un rêve, une folie,
Mas é um sonho. uma loucura

Il n'y a pas de Youkali!
Não existe Youkali!


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para quem quiser me ver cantando

The saga of jenny no Porto Verão! Essa semana!


Cia de Arte - 26, 27 e 28 de janeiro às 21h. Informações para compra de ingresso no site do Porto Verão.
Canções como Alabama Song, Surabaya Jonny, Mack The Knife, entre outras, serão cantadas para contar a Saga de Jenny, uma garota que sai de casa para buscar sua fortuna nas grandes cidades e encontra pelo caminho fugitivos encurralados no deserto, que decidem fundar ali uma cidade. Jenny é iludida pela promessa de uma vida melhor, seu destino é a prostituição e o trabalho escravo, tornando-se sua prisioneira. Para suportar sua nova realidade, Jenny cria a fantasia de ser amante de um Pirata e que um dia ele virá busca-lá .

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cinco centímetros separam teu rosto do meu.
Teus olhos nos meus olhos,
meus olhos nos teus.
Sinto tua respiração.
Quente.
Em mim.
Mas não ouço o que falas,
apenas percebo o movimento dos teus lábios
que me chamam sem usar palavras.
Cinco centímetros.
Tão perto e distante.
Terrivelmente distante.
Sou puxada para tua direção.
Não reluto.
Sigo essa força que me aquece
mais e mais, segundo a segundo,
milímetro a milímetro.
O tempo fica devagar.
Me permitindo ver, com todos os detalhes,
cada mínimo movimento teu.
Nessa velocidade sigo e segues.
Vens e vou.
Até pararmos.
E nenhum milímetro separar meu rosto do teu.
A visão do nada.
O pensamento voa.
A visão de tudo
enquanto enxerga nada.
Um ano em um segundo.
Uma cena em uma hora.
Sai do mundo.
Descobre a ti.
Volta a ele com decisões tomadas.

Achô!!!

Minha pasta estava lá, na cia, esperando por mim. Os últimos remanescentes voltaram pra minha mão. Junto deles havia uns textos da facultade, e uns desenhos que me fizeram ver o quão emo eu era. Ou drama queen. Editarei o que pensei saber de cor e postarei os outros dois. São bobos mas são meus :)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E o lirismo volta

Sou alguém que deixa os livros que está lendo influenciarem seu vocábulário. Ao ensaiar para "Toda Forma de Amor" Obviamente li todo "Romeu e Julieta". Esse lirismo, ter achado meus poemas e mais uma madrugada qualquer me inspiraram para fazer dois poeminhas dedicados a dois grandes amigos. Nem sei se se chama poema mesmo quando não tem rima, ou é poesia, nao importa também. Mandei como depoimento pro orkut deles faz tempo já, mas agora q voltei resolvi postar aqui.

Amiga que me ilumina
e pras minhas variações climáticas não liga.
Quando se mostrou mais,
se revelou lua completa:
iluminada e sombria,
mas nunca vazia.
Bela apaixonada apaixonante,
na onda encantada da noite,
eu sou Terra, tu és lua.
(esse foi pra Ohana Homem)


No meu pequeno jardim de amigos encantados,
ele chegou como um raio. Veloz, elétrico, iluminado.
Seu prelúdio não era trovão,
era auspício de pássaro brincalhão.
Mas esse novo elemento era só raio? Não!
Era sol no peito e estrelas na visão.
E mesmo sendo luz, enraizou no meu jaridim, sem trabalho.
Não como outra flor, como muda de carvalho.

(esse foi para Marcello D'Azevedo)

Esse é o lado bom de não se cobrar perfeição em algo q não é a Tua arte. Hoje fico feliz só por ter escrito de novo.


Surpresa gostosa




A melhor surpresa que tive no ano que passou foi o espetáculo "Toda Forma de Amor".

Meu primeiro drama. Adorei, apesar do cagaço que tomei ao receber meu papel.
Eu só via chegar aquelas cenas forte, com muita lágrima, dor, briga e etc... Sentia na garganta a vontade de algo punk e esperava ansiosamente a minha.
Quando ela chegou, ela era a cena doce. E não só isso, eram atores interpretando Romeu e Julieta. Gelei. No lo creo. E me consentrei pra abstrair aquele sentimento. Errei pela segunda vez em criar expectativas antes de receber o texto.
No que eu consegui abstrair esse sentimento veio o pânico. Eu? Juju? No way. Inconsebível. Imagina... Me senti completamente ofendendo Shakespeare e com uma voz me dizendo (vai virar coleginho essa cena).
Mesmo assim me joguei ao trabalho, e trabalho e trabalho e tentando fingir que merecia dizer aquelas palavras. Em um determinado ensaio, ao invés de passarmos normalmente o texto antes de ensaiarmos valendo, fizemos o texto debochando totalmente dele. O ensaio melhorou incrivelmente, relaxei. Depois, existiu até um dos dias de apresentação que realmente saí feliz de cena, o que pra uma neurótica perfeccionista como eu é muito!!!!
Agradeço ao Marcello Adams que me fez esse desafio e viu algo em mim q eu mesma não vi. E claro, a minha diretora Margarida Leoni Peixoto e ao Júlio/Romeu, Donato Oliveira.

A perda dos últimos poemas

Eu tinha mania de escrever poemas, odiá-los e jogar fora. Coisas de adolescente.
Havia guardado apenas três que havia esquecido da existência.
Achei eles revirando para achar outra coisa é óbio e levei comigo pra relembrar e reler antes da minha peça.
Resultado, a pasta ficou na Cia de arte e se perderam. Fiquei trite, pq dessa vez não queria jogar fora. Nâo tenho mais aquela pretenção de que eles sejam realmente bons.
O único que lembro de cor é o mais "poemas no ônibus", o nome é "Através dos tempos"

Através dos tempos
são vistas pessoas
E pessoas são tensas
Tensão é comida
Pessoas obesas
Pessoas tristes
Através dos tempos

Quem é vivo um dia aparece

é. voltei. ou quase.