segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A perda dos últimos poemas

Eu tinha mania de escrever poemas, odiá-los e jogar fora. Coisas de adolescente.
Havia guardado apenas três que havia esquecido da existência.
Achei eles revirando para achar outra coisa é óbio e levei comigo pra relembrar e reler antes da minha peça.
Resultado, a pasta ficou na Cia de arte e se perderam. Fiquei trite, pq dessa vez não queria jogar fora. Nâo tenho mais aquela pretenção de que eles sejam realmente bons.
O único que lembro de cor é o mais "poemas no ônibus", o nome é "Através dos tempos"

Através dos tempos
são vistas pessoas
E pessoas são tensas
Tensão é comida
Pessoas obesas
Pessoas tristes
Através dos tempos

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