quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Só no sul

Eu estava no T1, pensando, viajando... olhei para a janela contrária e vi crianças brincando numa pracinha. Imagem doce. Algumas no balanço, outras na gangorra, outras apenas correndo e rindo. Por alguns segundos me perdi naquela imagem.

Com o movimento do ônibus vi que a pracinha era uma praça... Com um gramado bem verde, um banco de areia, algumas àrvores estratégicamente plantadas e os cavalos pastando. Cavalos pastando? Um, dois, três, quatro, cinco cavalos espalhados pastando na praça. Mas o que é isso? Campo ou praça? Olha de novo para as crianças, sim, é praça. Perto da cena prédios, casas e PUC.

Crianças brincando e cavalos pastando. Porto Alegre é bizarra.

domingo, 9 de setembro de 2007

Publipt - Publicidade na Internet

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Antes do café.

Na sala uma mesinha de plástico, um prato Duralex na mesinha, uma bergamota no prato. Sentado no sofá pego a bergamota, descasco, deposito as cascas no prato e como os gomos em frente à televisão. Na tela. Breakfast at Tiffany's, ou Bonequinha de Luxo para os brasileiros. Holly, a personagem de Audrey Hepburn canta e toca Moon River na sacada. Pego a bergamota no prato e descasco. No outro sofá está Audrey Hepburn, também comendo uma bergamota.

“Hi Audrey, didn't see you there...”

“Hello darling, just got here...”

Volto a olhar o filme que está ainda na mesma cena.

“Adoro essa cena.”

“Me too, darling, me too.”

Ouço gritos. Minha mãe e minha irmã brigam, e se aproximam da sala. Primeiro aparece minha irmã.

“É PORQUE TU NÃO ENTENDE!! TÁ TUDO ERRADO!!"

Logo após entra minha mãe na sala.

“TÁ TUDO ERRADO MESMO!!! PORQUE ESSA INGRATIDÃO TODA???”

Olho Audrey.

“Mãe, Renata, parem com isso, temos companhia. A Audrey tá aí. Olha o escândalo...”

Elas nem ouvem e continuam a gritar. Audrey sorri, dá uma piscadela e acaba a bergamota. Minha mãe e minha irmã continuavam a gesticular fortemente, mas os gritos agora estavam inaudíveis para Audrey e eu. Só ouvíamos Holly cantar Moon River. Audrey me olha.

"Listen... You know those days when you get the mean reds?”

“ The mean reds... you mean, like the blues?”

“No. The blues are because you're getting fat and maybe it's been raining too long, you're just sad that's all. The mean reds are horrible. Suddenly you're afraid and you don't know what you're afraid of. Do you ever get that feeling?”

“Sure.”

“Well, when I get it the only thing that does any good is to jump in a cab and go to Tiffany's. Calms me down right away."

Sorrio. Pego a bergamota de cima do prato. Quando volto os olhos para onde estava Audrey, nem ela nem o sofá estão mais lá. Minha mãe e minha irmã também não estão mais na sala. Nada de anormal. Descasco e não como. Canto com Holly.

“Moon River... wider than a mile... I'm crossing you in style some day. Oh, dream maker, you heart breaker...”

Agora estou at Tiffany's, entre todas as jóias, pedras e brilhantes.

“Can I help you sir?”

“What can I do for you sir?”

Não respondo às charmosas atendentes, apenas ando pela loja. Estou overwhelmed. Vejo cada jóia e seus mínimos detalhes, sem me aproximar muito, como se tivesse lentes zoom nos olhos. Até que olho para uma seção em especial: by Ricardo Brunno.

Sorrio. O que senti ao estar na loja se multiplica. Vou para o meio da Tiffany's e estou sozinho. Me sinto bem com isso. Sei o que vai acontecer. Audrey Hepburn entra pela porta. Mas não é realmente Audrey, o seu rosto é de outra mulher. Ainda mais linda e vibrante. Lágrimas escorrem no meu rosto enquanto ela se aproxima. Achei que nada fosse me fazer sentir melhor que ver minha seção, mas o impossível acontece. Me ajoelho e ponho a aliança mais linda que já vi na mão mais linda que já vi.

Batidas na porta do quarto. Ainda com o coração acelerado me arrasto para fora da cama. Lembro de todo sonho menos as duas coisas de sempre: o rosto da mulher e a aliança. “Serviço de quarto!” A rotina da noite acaba. A rotina da manhã começa.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Bela manhã

Batidas na porta do quarto. Ricardo Brunno se arrasta pra fora da cama enquanto ouve: "Serviço de quarto." Ricardo grunhe para a pessoa entrar. Um refinado garçom entra com um carrinho que carrega uma bandeja de café da manhã que inclui uma fatia de melão amarelo, café, duas fatias de torrada, manteiga, uma Zero Hora e um vaso delicado com uma margarida. "Senhor Brunno, seu café."
O garçom se move em direção a janela. Ricardo pega a xícara, serve o café, toma um gole, abre melhor os olhos, enxerga o jornal e em seguida o resto da bandeja. "Moro há dois anos nesse hotel e ainda há quem erre absolutamente tudo no meu café. Jornal errado, melão errado, flor errada e se essa urina é dos meus grãos colombianos, tu és o dono desse hotel. E fecha essas cortinas que não posso com esse sol." O serviçal fecha as cortinas. "Sim senhor. Farei as correções necessárias." "Meu banho dura 15 minutos." O garçom sai.

Ricardo entra em baixo do chuveiro, e, como diariamente, abre toda a torneira, encosta o queixo no peito e deixa toda a pressão da água em sua nuca, conta até 20, levanta a cabeça, alonga o pescoço e grita enquanto levanta os braços. Toma seu banho. Ao sair, põe seu roupão, faz cuidadosamente a barba, aplica mousse nos cabelos ondulados e os desarruma levemente. Se admira por alguns segundos, sorri e vai para o quarto.

Outra bandeja com melão espanhol, Folha de São Paulo, e uma Gerbérea o espera. Ricardo senta virado para a paisagem de prédios, serve o café, pega o jornal, dá um gole, sorri, e continua a ler e tomar seu café lentamente.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Jogo literário S+7

É simples... Texto publicitário. Troque os substantivos pelo sétimo posterior no dicionário. Olhe abaixo e vai entender...

propaganda original
Um amigo de verdade
sempre olha você de frente

Buchanan's o essencial permanece


propaganda S+7
Um amigo de vereda
sempre olha você de fresta

Buchanan's o essencial permanece




Texto(música)
Seu Antônio Castanheiro
é gaudério de verdade.
Ele é macho campeiro.
Não é fresco da cidade.

É amigo de vereda.
Não se espanta com friaca.
Conta causo na fogueira.
Corta sereno com faca.

Pr'esse macho campeiro
pior que puto de cidade
só gaiato forasteiro,
Que emana falsidade.

Disse Antônio Castanheiro:
“Somente o rio grande presta!
Um amigo de vereda
sempre olha VOCÊ de fresta.”

domingo, 8 de julho de 2007

Luto - Uma não-ficção

Ela saía do caixa eletrônico. Tinha feito seu depósito e pensava na aula que estava indo. Pisou fora do banco e mais nada ficou claro. Não ouviu o barulho, apenas sentiu a bala entrando na cabeça. Não se assustou, não houve tempo para sustos. Não sentiu dor. Não houve tempo pra dor. Apenas estava viva num segundo e morta no próximo.

Quem estava ao redor se escondeu, pois os tiros não paravam. A notícia correu entre os que se protegiam. "Estão tentando roubar um carro-forte." "Tem gente baleada." "Acho que uma guria morreu."

Sim. Uma guria morreu. Só que pra mim, e pra muitos portoalegrenses ela não era uma guria. Era uma amiga. Uma irmã. Uma colega. Uma filha. Não era Cristiana Cupini apenas. Era Cris. Era a Kuki.

Aos 22 anos, os sonhos desta vida foram interrompidos. Não mais casaria com seu namorado de quase 7 anos. Não mais se formaria em administração. Não teria mais 3 filhos. Não mais teria a oportunidade de mudar de planos sequer. Não mais nada. Não mais tudo. E o nosso Porto está a cada morte menos Alegre.
Nada mais bizarro e fictício que reconhecer a 3x4 da vítima do jornal.


Eu ainda tenho a certeza da outra vida para me consolar. Quem não a tem, sinceramente não sei como poderá superar. Kuki. Que Deus e os bons espíritos a tenham em seus braços, e que nossa incompreensão e dor não chegue em ti, apenas sinta o amor de todos e fique a cada dia mais iluminada, coisa que sempre foi.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O início

Eu sabia que minha filha Lara ia descobrir seu talento. Era tempo dele se manifestar, porém nunca se sabe exatamente quando. Há dias ela parecia mais centrada, mas nunca tão serena quanto naquela manhã.

Saíamos de casa, em torno de seis horas, na Avenida do Forte, zona norte de Porto Alegre. Estávamos Lara, meus netos e eu. Era uma fria manhã de junho e serração fechada. Eu estava na sala. Luísa, minha netinha, entrou no carro. Luís, mais velho, acelerou a mãe avisando do perigo daquela zona. Lara fingiu que não ouviu e continuou a abrir o portão com calma.

Uma Belina caquética passou lentamente. “Mãe, olha esse carro... Daqui a pouco vai passar uma moto e depois...” Lara entrou no carro e fechou a porta. Tranquilamente foi retirando-o da garagem. “Esqueci a carteira!” Lara saiu do carro para buscar sua carteira. Eu e Luís ficamos esperando na calçada. A tal moto passou. Lentamente. Com seus dois ocupantes olhando na nossa direção. “Mãe! Anda! Acabou de passar a moto! Daqui a pouco pode aparecer alguém!” Lara voltou e fechou o portão. Luís entrou no carro. Enquanto Lara entrava, ambos viram pelo retrovisor dois tipos suspeitos se aproximando. Luís tocou o ombro da mãe. Ela apenas concordou levemente com a cabeça. Eu, ainda na calçada, vi os homens se aproximando e o carro acelerando.

Antes de eu precisar fazer qualquer coisa ouvi um freio. Olhei para a direção em que o carro acelerou e era Lara dando um cavalo-de-pau. Os faróis ficaram altos e os vi se aproximando rapidamente entre a serração rumo aos possíveis algozes. Lara freou bruscamente ao meu lado. Os homens se separaram e mudaram a direção como se nada tivesse acontecido. Entrei no carro. Lara insistia com Luís que deveriam seguir os homens. Nesse momento vi que o gene havia se manifestado e sorri levemente.

A sede de sangue e justiça que vem com ele é inconfundível. Daqui a cinco minutos direi toda verdade a Lara. Ela e muito menos meus netos sabem que se os ladrões chegassem a mim, ou se Lara os tivesse seguido, com certeza eles levariam a pior. Temos, em nossa família, um gene tardio no DNA. Ele se manifesta pela primeira vez entre os 40 e 55 anos. Para própria segurança da família, só é confidenciado essa característica depois que o gene se manifesta na pessoa. Ele não nos dá exatamente um sexto sentido. Ele potencializa os outros cinco. Ele potencializa o vigor físico. E ele elimina a maioria dos medos. Sim, viramos vigilantes. Garanto que muito melhores que a polícia. Até porque, quem vai ter medo de senhores e senhoras da terceira idade?

Depois da verdade, treinamento. Depois do treinamento, justiça. Lara está chegando. E o mundo dela está prestes a mudar.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Eu não estava lá!

Dr. Thiago Schmitd

Aparentemente estou casada. Existe uma aliança em meu dedo e um homem, se é que se pode chamar aquilo de homem, insistindo que é meu marido. Marido. Marido! E eu lá ia querer um marido agora? Muito cedo em idade e muito cedo em carreira. Ainda mais sendo uma massa andrógena de gordura e pêlo. Credo! Mas, voltando à situação...

Segundo meu "marido", a gente se conheceu na pré-estréia de Homem Aranha 3. Ok. Comprei ingressos antecipados. Mas não lembro de ter ido. Conversamos na fila, sobre os dois primeiros filmes, e, claro, sobre como seria o terceiro. Sentamos um ao lado do outro, e, segundo o "senhor meu marido", eu o beijei numa cena romântica qualquer.

Após essa nojeira, saímos do cinema sem ver o fim do filme, coisa que nunca faço. Falávamos de amor à primeira vista e todas essas baboseiras que românticos acreditam. Nesse ponto da história até parei de protestar. Como sabes, eu demoro milênios para me envolver de verdade com alguém e meu nível de romantismo é quase equivalente ao de um homem comum. Deduzi que fui tomada por uma entidade, espírito, ou coisa parecida. E o pior, uma entidade cega, sem tato, sem olfato e romântica. Assim sendo, declarações, juras e jantar.

Durante o jantar, tudo ficou ainda mais “perfeito”. Ambos amam gatos. Tenho pavor a gatos. Ambos perderam os pais com exatos nove anos. Meus pais vão muito bem, obrigada. Além de outras mil “coincidências”. Comemos, bebemos, rimos, e o gordo me pediu em casamento. E eu, ao invés de bater nele ou sair correndo, não só aceitei como lamentei não poder ser naquele momento. “Alope”, como nos filmes. “Aí que você se engana, meu amor...”

Não é que o gordo era podre de rico? Em menos de meia hora estávamos num jatinho rumo a Las Vegas, algumas horas depois estávamos casando numa capela cafona de Elvis Presley, mais outras horas e estávamos de volta a Porto Alegre, num hotel. Desculpe-me não dar mais detalhes, mas eu não suportaria mais detalhes.



Tudo que sei de verdade, é que, um dia antes da tal pré-estréia do Homem Aranha, que também seria um primeiro aniversário de namoro, o dito namorado me largou. Disse que eu era fria e distante. Além disso, meu querido chefinho roubou a empresa, fugiu e deixou-a quebrada e eu desempregada. Então resolvi abrir o Johnny Black que comprei para o namorado e comecei a beber. Acordei num hotel, dois dias depois com outro estado civil. Algo que achava impossível de acontecer em Porto Alegre. Não deveria ter acontecido! Peço portanto, Dr. Schmitd, que ache, como meu advogado, uma brecha, para invalidar essa união a qual eu sequer estava presente.


Obrigada.
Sofia Velara

domingo, 10 de junho de 2007

Você é emo?

Resultado: 10 Pontos
Você é uma pessoa normal, mas com vestígios de Emo. Qualquer descuido pode lhe tornar um deles.

Você é um Emo?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Estado Natural

Final de campeonato. Escanteio. Jogadores se empurram na pequena área esperando a cobrança. A bola voa. O atacante salta antes do zagueiro e anseia pela bola que pousará perfeitamente em sua cabeça. Porém, centésimos de segundos antes da possível consagração do atacante, o zagueiro se desespera e crava seu cotovelo no estômago do atacante, que cai. Pênalti! Não nos olhos do árbitro, que levanta um cartão amarelo para o atacante por simulação. Parte do time lesado corre rumo à autoridade, mas algo muda sua direção. O zagueiro agressor ri do atacante agredido que ainda está no chão. Nos próximos segundos os dois times estão atracando-se brutalmente.

Na arquibancada, a multidão se agita. Seu estado gutural começa a tomar conta. Os olhos de todos brilham, quase saltam das cabeças. Os batimentos cardíacos aumentam o ritmo. A ansiedade risonha é palpável. Nesse momento ninguém pensa na “vergonha que é esse tipo de comportamento para o esporte”. O médico, o pedreiro, a advogada, a mãe de família, o jornalista, a criança, o lixeiro e a patricinha estão nivelados por seu eu inferior, bestial, infantil, esquecido, oculto, renegado, amortecido, mas não morto. O cardume de torcedores aglomera-se ainda mais perto da cerca e não pisca. Não pensa em ética. Não pensa em nada. Não brada, mas vibra, saboreia cada soco, cada chute. Orgulha-se da garra de seus representantes. Vê nos seus heróis da bola os antigos gladiadores que, nesse momento, saciam sua sede animalesca de sangue. E sem sujar as escamas. Quando os guerreiros são apartados, a torcida, ainda feliz, lentamente se acalma e volta para o foco principal. Gols.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Nostalgia

Havia uma fazenda no bairro onde nasci. Nunca soube onde se entrava, nem mesmo ao certo onde ficava, mas tinha uma fazenda no bairro onde cresci. Era só olhar entre os prédios, idênticos, baixos e beges, que lá estavam as vacas pastando. Como se houvesse um portal que levava a outro mundo atrás desses prédios. Poucos prédios. O bairro onde nasci era um bairro de casas. Casas sem grades. Casas sem portões. Casas que fronteavam uma linda praça, verde, enorme, com apenas alguns bancos e um balanço. Casas que respeitavam a pirâmide social.

Na parte mais alta da vizinhança, perto dos prédios, mas longe das vacas, estavam as casas ricas, lindas, únicas.Na parte mais um pouco baixa do bairro estava a minha rua. Uma rua com sua própria praça tomada por mato. Uma rua com cerca de cinqüenta casas. Todas idênticas. Mas todas sem grades e sem portões. Sua distinção era dada pela cor e pelo número. A minha casa era branca com janelas e portas marrom escuro, já a da minha vizinha da frente era branca de janelas e portas marrom claro. Diferentíssimo!

Na rua onde cresci não passava carros. Mas se jogava futebol e taco em seus paralelepípedos. Na rua onde cresci não tinha colégio, farmácia ou supermercado. Mas se tomava leite de vaca fresco. Não das vacas da fazenda misteriosa, mas da vaquinha criada no quintal de uma senhora que morava mais na base da pirâmide, e o vendia de porta em porta, em galões de metal. E tinha a “venda”. “Venda” que vendia de Q-boa a Stikadinho. “Venda” que já havia sido uma das casas idênticas. “Venda” que era uma aventura chegar. Uma aventura de cem metros, mas uma aventura. Principalmente pra mim, que não tinha medo, tinha pavor de cachorros. Pois como tinha cachorros soltos onde cresci! Os cem metros chegavam a virar duzentos no meu zigue-zague para evitá-los. Mas esse era o maior perigo de lá.

Onde nasci tinha duas pragas. Os cupins destruindo devagar e sempre tudo que é de madeira. E cerca de uma vez por ano aparecia um rato. Essa era a única vez do ano que via minha mãe apavorada. Isso fez com que meu pai, e outros vizinhos, comprassem espingardas. Ficava mais rápido se livrar do bicho quando ele aparecesse. Aos poucos eles não apareceram mais, e muitas reformas com muito Jimo cupim se livraram da outra praga.

Agora, apontando a espingarda entre as grades da minha janela, e desviando das grades do portão com cerca elétrica, pra acertar um desgraçado que passa todas madrugadas de SUV tocando funk carioca o mais alto possível... percebo que tenho o mesmo endereço, mas aqui não é mais onde nasci, não é mais onde cresci. Não é mais minha Porto Alegre.

E a dominação continua


Originally uploaded by Dinha Rocha

Meu segundo, e único publicável, comic.

Me joguei

Mundo virtual bizarro me sugou de vez. Depois da supergreve, com o mínimo de orkut, msn e nada de flog, me entreguei totalmente e aqui está o resultado. A maioria dos posts nesse blog serão de textos da cadeira de Laboratório de Textos que estou fazendo na Fabico. Se continuarei escrevendo depois disso é uma incógnita.

Pronto. Rendida estou.